1933. Carta familiar entre irmãos. De São Jorge, Açores, para a Califórnia, EUA. FLY1658

FLY1658
Carta familiar entre irmãos. De São Jorge, Açores, para a Califórnia, EUA.

Data
14/08/1933

Referência Arquivística
N.A..
Arquivo Privado, Arquivo Privado, FLY1658, Fólios [1]r-[2]v

Resumo
O autor da carta escreve à irmã e comadre relatando o que foi necessário fazer para ela poder entrar na confraria de Nossa Senhora do Carmo. Também transmite a notícia da morte do padrinho da destinatária.

Local
São Jorge - Açores

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Autor | Destinatário | Contexto | Palavras Chave | Suporte Material | Créditos


Sobrescrito

Destinatário

Mr
[N]
[L]
Calif



Texto

Fl. [1]r

agosto dia 14 de 1933

minha Cara i saudosa irman
Carmelita

moito [...] istimarei
qe estas duas mal notadas linhas
tanha a felis ventura de te ir en-
comtar de boa saude e toda a familia
por enquanto a nosa na data prezente
é boa grasas A D

Comadre por esta te partesipo
que ca formos entregues da vosa
carta e jontamente o dinheiro
Comadre do te a saber que formos
falar com o senhor padre e dermos
a carta que lhe mandavas e elle
foi o primeir a dizer que eu
que me podia asentar por ti
que era a milhor maneira eu
Fl. [1]v
fis um iscapelario novo para louvar
jontamente com a minha ropa
para a igreija para elle ficar
bento para te mandar
eu respondi a tudo por ti i fiqo
o teu nome isqrito no livro da
comfraria o padre pasome
a gia para eu te mandar ë
serteza de seres irma da nossa
sinhora do Carmo o senhor padre
asento-te na hordem da nossa
senhora do Carmo de grasa
não quis lovar nada porque
ja tinhas feito moito bem
a nossa igreija mas elle pede-
te um favor para pedires
Fl. [2]r
por ahi uma qaizinha de dinheiro
para a ajuda de uma pia do
batismo que vai mandar fazer
para o baqister e elle é que
me aranjou o folhete
da regra da nossa senhora
do Carmo e não lavou
nada quando asitares o
iscapelario que eu te vou
mandar deito o pescoso asim
que elle higar e quando elle
se estragar podes fazer outro
é não presiza ser bento
tem a mesma devindade que tem
o primeiro e ficas a pagar uma
pataca por anno i mandame
Fl. [2]v
deser que é que fasso o dinheiro
que me mandastes quando calhar
vamos mandar vir um livro
do ofisio do carmo da treseira
para te mandar eu héde
falar a quém me iscreva uma
carta para te espelicar
Como ades ler ou o [...] fisio
do Carmo. agora eu pesul
discolpa da minha letra por
que talves a minha Comadr na-
u a intenda porque eu nao
foi a iscola se nau intender
mandem dizer que eu gosto
de saber. adeus ate a um
dia que deus Caira

[N]
[N] i mais [N]

P.S.
[N] dout a saber que resbermos aus retrutas das tuas
picenas que mointo gostai de ler e ver Como elas istavao
grandes. i dot a saber que au padrinho [N] ga
morreo au dia 18 de jollo mais au q ai de t mandar dezer tudo. resbi uma Carta de [N] mais ainda [N] iscrvi fasal
vezitas que eu le mando adeus ate a um dia que Deus Caira.



Contexto
Emigração



Palavras Chave

Tipo: informação
História: emigração
Sociologia: família, religião




Suporte Material

Suporte: carta manuscrita.
Mancha Gráfica: sem linhas em branco entre a fórmula de endereço e o início do texto.




Créditos

Transcrição: Leonor Tavares
Revisão: Leonor Tavares
Codificação DALF: Leonor Tavares
Contextualização: Leonor Tavares




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