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I Guerra Mundial
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Guerra Colonial

A guerra colonial, também chamada guerra do ultramar ou de libertação, consoante a posição assumida face à sua legitimidade, começou em 1961 e terminou em 1974 na sequência de um golpe militar, desencadeado no dia 25 de abril, que derrubou a ditadura chefiada por Marcello Caetano. Durante 13 anos as forças armadas portuguesas combateram os movimentos de libertação dos territórios africanos de Angola (MPLA, UPA/FNLA, UNITA), Moçambique (FRELIMO) e Guiné (PAIGC). Pode caracterizar-se como tendo sido uma guerra de guerrilha que causou um grande desgaste nas forças armadas. Os militares enfrentavam forças ligeiras nativas, com grande mobilidade, apoiadas do exterior e vivendo na clandestinidade, muitas vezes misturadas com a população.

Os antecedentes desta guerra remontam ao ambiente de mudança pós II Guerra Mundial. A vitória dos Aliados e a generalização dos valores democráticos criou condições nas colónias para o crescimento dos sentimentos nacionalistas que puseram em questão a dominação colonial das potências europeias.

A ONU surge em 1945 nesse ambiente. No artigo 73 do Capítulo XI da sua Carta estabelecem-se princípios e obrigações dos países administrantes de territórios não autónomos. São assim consignados os direitos dos povos colonizados à autodeterminação e independência.

Portugal é admitido na ONU apenas em 1955, após um entendimento entre os EUA e a URSS. Desde o início, o governo português é pressionado no sentido de preparar a independência das suas colónias. No entanto, Salazar, Presidente do Conselho, não vê razões para negociar argumentando que Portugal não tem colónias mas províncias ultramarinas, e que estas são parte integrante do território português.

A guerra em Angola tem início em março de 1961, com uma ação da UPA no norte que resultou em violentos massacres contra a população civil que habitava e trabalhava nas fazendas.

O ataque do PAIGC ao quartel de Tite, em janeiro de 1963, marca o início da guerra na Guiné. Em 1964 o conflito alastra a Moçambique com o ataque da Frelimo à localidade de Chai em Cabo Delgado.

No início da guerra em Angola, os efetivos militares eram reduzidos e estavam mal armados e equipados. A partir daí e até 1974 irão ser constantemente reforçados. Mas a contestação à guerra vai sentir-se nos números. Basta referir que em 1971, por exemplo, o número de faltosos à inspeção está acima dos 20% do total de recenseados.

No fim da guerra, em 1974, a situação militar em Angola era considerada sob controle, o que não acontecia na Guiné nem em Moçambique. A Guiné declarara a independência unilateral em 14 de setembro de 1973 e é reconhecida por cerca de 80 países pertencentes à ONU.

Em Moçambique a situação não deixará de se agravar, com o avanço da Frelimo para zonas cada vez mais perto da Beira, expandindo a sua ação em redor da barragem de Cabora Bassa e ameaçando separar o norte do sul do território.

Do lado português há a registar cerca de 8.300 mortos cujos nomes se encontram num monumento situado em Belém. O número de grandes deficientes é de cerca de 15.600, mas o número total será muito superior. Estiveram envolvidos cerca de 600 mil militares da metrópole ou 800 mil, se considerarmos a incorporação militar dos territórios africanos.

Esta guerra exigiu um grande esforço financeiro a Portugal, acentuado pela longa duração e pela dispersão por três vastos territórios, condicionou as prioridades do Estado e alterou a estrutura da despesa pública.

O regime manteve uma grande rigidez ao não procurar uma solução política para a guerra e ao não aceitar o tratamento de cada caso de forma diferente.

A emergência da guerra fria e o alinhamento do mundo em dois blocos, liderados pelos EUA e URSS, levou à disputa das respetivas zonas de influência, o que possibilitou um apoio sistemático aos movimentos de libertação existentes nas colónias.


por:  Joana Pontes

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